terça-feira, 25 de setembro de 2012

NOVA CASA

O blog Brasil no Rio vai mudar de casa.

A partir do próximo dia dois de outubro, passará a ser acessado na página

 www.brasilnorio.com.br

O blog vai virar site

As entrevistas serão diárias

As curiosidades, diferenciadas.

Os videos, semanais, sempre com uma entrevista com um atleta ou alguém ligado ao esporte.

Vai ter também promoções, com prêmios para os vencedores.

Fotos de bastidores das entrevistas.

Um logo próprio, uma identidade visual. Até os pictogramas serão personalizados do site brasilnorio.

Serão entre três e quatro posts por dia, na média.

Claro, não será um portal de notícias. Será um canal de novas informações, sem aquele "recorte e cole" de assessorias.

Enquanto o site não está no ar, curtam a página do facebook:
www.facebook.com/brasilnorio

E, claro, o twitter: @brasilnorio

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Robert Scheidt

O maior medalhista da história do Brasil parece estar com o caminho traçado para a Olimpíada do Rio, em 2016. Medalhista olímpico em 2008 e 2012 na classe Star, está fazendo o caminho de volta e deve competir os Jogos de 2016 na classe laser.

Na longa carreira olímpica, cinco medalhas em cinco disputas. Ouro na classe Laser em 1996 e 2004. Prata na Laser em 2000 e na Star em 2008. Bronze na Star em 2012.

Mas, a Classe Star deve sair do programa olímpico para a próxima Olimpíada. As chances são gigantescas. Aliás, já ficou definido que a classe não fará parte do programa. Porém, em novembro terá uma reunião que pode trazer a Star de volta. Mas é bem complicado, bem complicado mesmo.

A partir de amanhã, Robert participa do Campeonato Italiano da classe Laser. São mais de cem atletas competindo e será um bom teste para ele. Na classe laser, em que competiu até 2005, são oito títulos mundiais e três medalhas olímpicas.

Vale lembrar que a classe Laser é uma classe que exige muito do físico e tem uma média de idade bem menor do que a da Star. Nos Jogos de 2016, terá 43 anos.

Para se ter uma ideia, nos Jogos de Londres, o campeão olímpico, o australiano Tom Slingsby tem apenas 28 anos. O vice campeão, Pavlos Kontides ganhou a medalha com apenas 22 anos. O terceiro colocado,
Rasmus Mygren tem 34 anos. A média de idade dos 10 que participaram da Regata da Medalha era de 27 anos.

E Robert terá 43 nos Jogos do Rio.

Mas, nunca duvide do maior medalhista olímpico da história do Brasil.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Coluna César Castro

Caros amigos,

 Primeiramente gostaria de agradecer ao amigo Guilherme pela oportunidade de poder escrever por mais 4 anos em seu blog e poder falar de minha preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e do esporte que tanto amo, os saltos ornamentais.

 Como todos viram, semana passada o Governo Federal lançou um plano de investimento de R$ 2,5 bilhões no esporte com o objetivo de alavancar o Brasil aos 10 melhores no quadro de medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

 Como atleta, eu achei ótimo, claro, pois esse investimento vai ajudar e melhorar muito alguns esportes e atletas específicos que já tem uma boa bagagem e anos de treino.

 Porém, para essa notícia ficar perfeita, penso que está faltando algo de extrema importância: a ideia da continuidade. E depois dos Jogos Olimpicos do Rio? E o plano para estarmos entre os 8 melhores nos jogos de 2020, entre os 6 melhores em 2024 e os 3 melhores 2028?.

O que fazer com a vontade de praticar esporte das milhares de crianças brasileiras depois de terem assistido os melhores atletas do mundo aqui no Brasil?

 Se o investimento e planejamento não for contínuo, penso que perderemos a melhor oportunidade de todos os tempos para mudar nossa cultura do esporte.

 Corremos o risco de voltarmos a conhecida realidade de falta de patrocínio, quadras, bolas, piscinas, equipamentos esportivos, professores e continuaremos a ver um monte de crianças com potencial sendo disperdiçado por nunca ter tido uma chance de vivenciar qualquer esporte.

 Acredito que dinheiro, hoje, já não é o nosso grande problema, e sim a falta de um bom planejamento a médio e longo prazo.

 O primeiro passo já foi dado. Que o próximo seja rumo à continuidade.

 Abraço a todos,

 César

César Castro é o melhor atleta da história dos saltos ornamentais brasileiro, finalista olímpico em 2004 e quinto colocado no mundial de 2009.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mundial por equipes

Como já falei aqui algumas vezes, a Federação Internacional de Judô está lutando para que a competição por equipes entre no programa olímpico já no Rio de Janeiro, em 2016.

As chances são boas pois, para o Comitê Olímpico, o maior problema é o aumento do número de atletas e, a competição por equipes, não faria com que mais atletas viajassem para a Olimpíada, já que 95% deles estariam nos Jogos já para disputa individual.

O módulo de disputa por equipes é simples. São cinco lutas em cada confronto e quem vencer mais, passa de fase. As categorias das lutas por equipes seriam:

Masculino: Até 66kg;Até 73kg; Até 81kg; Até 90kg; Acima de 100kg
Feminino: Até 52kg;Até 57kg; Até 63kg;Até 70kg; Acima de 70kg

No último mundial individual, em Paris, tivemos pela primeira vez a competição por equipes no mesmo torneio. Na ocasião, a França levou o ouro vencendo o Brasil na final por 3x2 no masculino enquanto, no feminino, o título também foi para França. E, segundo o pessoal da Confederação Brasileira, o feedback do Comitê Olímpico Internacional desse mundial foi muito bom.

E é muito legal que a estratégia vale muito. No Pan por equipes, ano passado, o Brasil venceu Cuba mudando as lutadoras de última hora. Mayra Aguiar, da categoria até 78kg entrou na luta acima de 70kg, geralmente disputada entre as superpesadas. Foi lá, venceu a rival bem mais pesada e chegou ao ouro.

Ainda esse ano, em outubro, acontece o mundial por equipes,em Salvador. Não sei se, realmente, os melhores atletas do mundo virão ao Brasil lutar, mas a verdade é que é mais um teste para que a competição entre no programa.

A ideia é que cada competição, masculina e feminina, conte com oito equipes, com pelo menos uma de cada continente. As disputas seriam em mata-mata, com os perdedores indo para repescagem pelo bronze.

Seriam duas medalhas bem prováveis para o Brasil.

Vamos aguardar.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vôlei de praia

Aconteceu no último fim-de-semana a primeira etapa da temporada 2012/13 do Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia.

A primeira dessa nova fase do Circuito, que agora começa no fim do ano e termina no início do ano seguinte, que é transmitido pela TV e com uma organização maior e mais ações de marketing. Enfim, acho que é uma nova Era no Circuito Nacional.

 Só fora das quadras.

 Dentro das quadras, mais do mesmo.

 Emanuel e Alison venceram a primeira etapa, derrotando na final Bruno e Franco. Isso mesmo, dois jogadores que estiveram na Olimpíada de NOVENTA E SEIS(Emanuel e Franco), fizeram a final da etapa de Cuiabá do circuito.

 No feminino, Juliana e Larissa, mesmo cansadas e com Juliana machucada, a base de anti-inflamatórios, elas foram campeãs. Venceram na final Agatha e Barbara Seixas.

 Estamos a quase quatro anos dos Jogos Olímpicos do Rio e ainda é cedo, muito cedo para apontar algumas duplas que vão estar juntas até lá.

 Vale lembrar que Emanuel e Alison se juntaram em 2010, ou seja, não atuaram juntos o ciclo olímpico inteiro. Ricardo e Pedro Cunha, que também jogaram juntos em Londres, se juntaram na metade de 2011. 

É bem possível que ocorra a mesma "Salada de duplas" do último ciclo, com várias desfeitas de parcerias. aconteceça no masculino, principalmente pelo fato dos possíveis(para não dizer prováveis) aposentadorias dos veteranos Emanuel,Ricardo e Marcio.

Do masculino, ainda é muito, muito difícil prever alguma coisa para esse ciclo.

 No feminino, Juliana e Larissa devem continuar juntas pelo ciclo inteiro, apesar da aparente briga que tiveram em Londres. Tem gás e idade para isso.

 Talita e Maria Elisa estão juntas, assim como Agatha e Barbara Seixas, que tiveram alguns bons resultados nos últimos anos. Lili e Rebecca(que foi prata no mundial sub-21 há poucas semanas) jogaram muito bem, principalmente a Rebecca, nessa primeira etapa do Circuito e pode ser uma dupla que vai dar trabalho.

 Maria Clara jogou essa primeira etapa com Wal. Renata não jogou, nem Carol. Ainda tem muita coisa para acontecer nesse ciclo com relação a definição das duplas.

 Uma coisa podem ter certeza. Em 2016 o Brasil vai ter quatro duplas muito competitivas e que terão tudo para trazer quatro medalhas para o Brasil.

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sábado, 15 de setembro de 2012

Seleção feminina de hóquei na grama

Aquela história do Brasil estar automaticamente classificado para os Jogos Olímpicos do Rio não é 100% verdade.

Nos esportes individuais, o Brasil terá o direito de levar pelo menos um atleta, mesmo se não tiver classificado pelos torneios pré olímpicos.

Agora, nos coletivos isso não acontece. O país sede tem a preferência de levar uma equipe, mas não necessariamente o direito.
Existe um termo nas regras que diz:

"O time precisa mostrar competividade e um sólido legado para modalidade no país"

Como já disse isso aqui, não existe a mínima chance do futebol,vôlei,basquete ou handebol ficar de fora. O polo aquático, tanto masculino como o feminino, também vão se classificar, apesar de não terem ficado entre os 12 melhores do mundo nos últimos mundiais. Mas são sim "competitivos", participam sempre de mundiais em todas as categorias. O Rugby, esporte que entra no programa em 2016, está crescendo muito no Brasil e com certeza as seleções nacionais estarão disputando a Olimpíada.

O problema brasileiro é o hóquei na grama, modalidade que começou a engatinhar por aqui dois anos antes do Pan do Rio, quando a equipe foi montada.

O hóquei na grama masculino está mostrando uma evolução.Já briga pela terceira posição nos campeonatos sul-americanos, quase conseguiu a vaga no Pan de Guadalajara- perdeu no play-off-, participou de forma honrosa(apesar de ter perdido todos os jogos) do Pré Olímpico mundial no último mês de abril e se classificou para a Copa Pan-Americana do ano que vem, ficando em segundo lugar na segunda divisão da Copa, disputada ano passado. As categorias de base estão começando a ter alguns bons resultados- Na Copa América juvenil que está sendo disputada nessa semana, o Brasil está com uma vitórias e uma derrota e pode sim brigar por um bom resultado.

Acho que o time masculino do Brasil vai sim disputar a Olimpíada.

Agora o feminino é um problema maior. Nas Copas Américas e campeonatos sul-americanos praticamente só derrotas. Na segunda divisão da Copa América, o Brasil ficou em terceiro e permaneceu na "série B". Na Copa América Juvenil,disputada essa semana, por enquanto são quatro derrotas em quatro jogos, todos perdidos por goleada.

Se fosse para ter uma opinião, acho que a Federação Internacional de Hóquei na grama juntamente com o Comitê Olímpico Internacional, vai 'liberar" a classificação do time masculino e deixar o feminino de fora.

Nas duas últimas Olimpíadas, britânicos e chineses tiveram times em todos os esportes coletivos, mesmo aqueles que não tem tanta tradição. Os britânicos, por exemplo, ficaram lá atrás no handebol, no vôlei e no polo aquático.

Em 2004, a Federação de Hóquei na grama escolheu por não dar a vaga para os gregos, que tiveram que disputar os torneios pré olímpicos e acabaram eliminados.

A decisão deve sair no ano que vem.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Plano medalhas 2016

O tal "Plano de Medalhas" já assinado pela Dilma vai trazer R$ 1 bilhão de reais para o esporte nacional.

O dinheiro é bem vindo. Muito bem vindo e merecido.

Mas será usado da pior maneira possível.

O nome do plano "Medalhas 2016" já é errado. Como é que você vai investir 1 bilhão de reais para trazer medalhas em 2016 e esquecer o futuro?

É um claro plano emergencial que na minha opinião não vai dar certo. É um plano para que em 2016 o Brasil traga mais medalhas, mas não é um plano que visa o Brasil virar uma potência olímpica.

Vamos acabar virando uma Espanha da vida, que foi muito bem na Olimpíada de 1992, quando sediou, e depois jamais chegou perto do resultado. Ou uma Grecia, que em 2004 ganhou seis ouros, mas que vive de migalhas atualmente. Quando o objetivo seria virar uma Coreia do Sul,que em 1988 conseguiu uma boa colocação e depois se manteve entre os melhores do mundo.

Que em 2016 o Brasil vai fazer uma ótima campanha isso é evidente. Brasil tem totais condições de levar umas 30 medalhas para casa e ficar entre os 10 primeiros. E não vão ser esses um bilhão de reais que vão ser o fator diferencial. O diferencial é jogar em casa e em casa, como já disse algumas vezes por aqui, "tudo dá certo".

Esse R$ 1 bilhão de reais poderiam ser investidos na base do esporte e não no alto rendimento. Se você investir esse R$ 1 bilhão na base em 2016 você não vai ver o resultado. Mas em 2020, 2024 com certeza...

E na minha opinião, o governo deveria só incentivar o esporte de base.E as empresas privadas o esporte de alto rendimento.

Com o perdão do trocadilho, a base é a base de tudo.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mundial de handebol

O ano de 2013 é um ano em que a maioria das modalidades olímpicas tem campeonatos mundiais. E o calendário já começa em janeiro, com o mundial de handebol masculino. A competição acontece entre os dias 12 e 27 de janeiro.

O sorteio dos grupos foi feito há alguns meses e a tabela oficial foi divulgada hoje. O grupo do Brasil é formado por Alemanha,Argentina,Montenegro,França e Tunísia. No regulamento, os quatro primeiros de cada chave vão para as oitavas-de-final e aí começa o mata-mata, até chegarmos ao campeão.

A ordem dos jogos é:Alemanha,Argentina,França,Tunísia e Montenegro.

A França é a grande força mundial, foi campeã olímpica e tem um time espetacular. Alemanha e Montenegro são equipes europeis e são fortes, mas não são daquele primeiro escalão. Tanto que nenhuma das duas seleções se classificou para as Olimpíadas.
Tunísia e Argentina são equipes fortes também, mas que o Brasil tem totais condições de ganhar.

Caso o Brasil se classifique para a segunda fase, será a segunda vez que isso aconteceria na história. A primeira foi em 1999.

A seleção está passando por uma reformulação, com a aposentadoria de vários jogadores que vinham dos títulos pan-americanos de 2003 e 2007. Novos jogadores estão chegando e a seleção fez um bom pré olímpico ano passado, quando jogou "pau a pau" com Hungria e Suécia e ganhou da Macedônia.

O time está sob o comando de Jordi Ribeira, espanhol que foi o técnico do Brasil na campanha do ciclo olímpico 2005-2008. No Pan-americano desse ano, disputado em junho, o Brasil perdeu por 22 a 21 para os argentinos na final.

Dá para fazer um bom mundial...

Ah, e a Liga Nacional, com a presença de apenas sete times, começa essa semana.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Uma luz no fim do tunel?

Os saltos ornamentais vive uma fase ruim aqui no Brasil. Na Olimpíada, o Brasil levou três atletas. Nenhuma renovação. Juliana Veloso foi para sua quarta Olimpíada, Cesar Castro e Hugo Parisi para a terceira.

O melhor resultado foi o de Cesar Castro, que foi semifinalista no trampolim. O mesmo Cesar já foi finalista olímpico, em 2004, e foi quinto no mundial de 2009, no melhor resultado da história de um brasileiro em mundiais adultos.

No último fim-de-semana foi disputado o Campeonato Brasileiro Junior, que valeu como tomadas de índices para o Mundial da categoria, em outubro.

Por um lado uma equipe grande, sete atletas. Por outro, nenhum homem fez índices para as provas olímpicas.

A melhor saltadora da categoria é Andressa Mendes, que com apenas 15 anos quase se classificou para a Olimpíada de Londres na plataforma. No campeonato júnior, ela fez o índice para o mundial, mas ficou com a prata, atrás de Giovana Pedroso. Giovana fez 316 pontos, Andressa 304.

Outro destaque foi Ingrid Oliveira, que fez índices nas provas de trampolim 1m(não olímpica), trampolim 3m e plataforma. Ela foi a única mulher do grupo A a conseguir classificação para provas olímpicas. Luana se classificou para o trampolim de 1m, prova não olímpica.

O Mundial Junior é disputado nos grupos A(16 a 18 anos) e o grupo B(14 a 16 anos).

No masculino,  Pedro Abreu, do Flamengo, e Jackson Rondinelli, do Pinheiros, superaram o índice de 449,00 pontos do trampolim de 1 metro masculino, com 461,55 e 460,35, respectivamente. Lembrando que o trampolim de 1m não é uma prova olímpica, apesar de ter sua importancia na formação dos atletas.

Faltou gente na plataforma e no trampolim 3m, que o Brasil não conquistou nenhum índice no masculino.

É o famoso "Melhorou,mas piorou". O famoso "Tá ruim mas tá bom".

E o saltos ornamentais será um daqueles esportes que MUITO DIFICILMENTE subirá ao pódio em 2016. Objetivo mesmo será conseguir o maior número de semifinais e finais e, principalmente, com novos atletas surgindo.

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domingo, 9 de setembro de 2012

Paralimpíadas

O Brasil terminou a Paralimpíada de Londres na sétima posição no quadro de medalhas por ouro, com 21 ouros,14 pratas e oito bronzes, 43 no total.

Desde o ano passado, o Comitê Paralimpíco Brasileiro trabalha com a ideia de subir para sétima posição no quadro de medalhas da paralimpíada, melhorando duas posições com relação a Pequim.

Objtivo difícil, mas que foi cumprido. Os 16 ouros de quatro anos atrás viraram 21.

Legal ter visto algumas modalidades "entrarem" no quadro de medalhas brasileiros, como o golbol, que foi prata com o time masculino, e a esgrima, que viu Jovane conquistar o inédito ouro.

Muitas histórias brasileiras podem ser lembradas. A histórica vitória de Alan Fonteles nos 200m contra Pistourius, as seis medalhas de ouro de Daniel Dias, o tricampeonato do futebol para cegos, o pódio 100% brasileiro nos 100m para cegos...Enfim, muitas e muitas histórias.

O judô se manteve no pódio, a bocha melhorou seus resultados e trouxe três ouros, o vôlei sentado ficou na quinta posição, as meninas do basquete em cadeira de rodas fizeram ótimos jogos.

O atletismo levou sete ouros, oito pratas e três bronzes, conquistando ao todo 18 medalhas, o mesmo número de Pequim, mas com qualidade muito maior. Destaque para as provas para cegos de velocidade.

Mas, nem tudo foram flores na participação brasileira.

O número de medalhas caiu. Em Pequim, foram 47 e em Londres foram 43. Caiu pouco, mas caiu.

Três modalidades que subiram ao pódio em Pequim, remo, hipismo e tênis de mesa ficaram sem medalhas em Londres. O remo ficou a poucos centésimos, mas hispismo e tênis de mesa ficaram distante da conquista. O ciclismo,que se esperava ao menos uma medalha, ficou no quase, muito no quase, perdendo o bronze no sprint final.

Na natação, o Brasil conseguiu uma ótima campanha, nove ouros, uma prata e quatro bronzes, catorze no total. Porém, em Pequim foram 19 medalhas, oito ouros, sete pratas e quatro bronzes.

 A dependência de apenas dois atletas, Daniel Dias e André Brasil, segue evidente. Se por um acaso os dois atletas não existissem, o Brasil teria apenas três medalhas na natação.

Outra crítica a natação é a forma como que a equipe foi montada ,sem nadadores s9, o que dificultou a montagem dos revezamentos brasileiros, que nadaram as finais com pontuação menor do que a máxima permitida, tendo claramente uma desvantagem.

Muitas e muitas vezes, principalmente no atletismo, judô e natação, a medalha ficou muito próxima, com muitos quartos e quintos lugares. Esses "quases" tiraram do Brasil a chance de melhorar o número total de medalhas, que é de 47.

Para os Jogos do Rio, o Comitê Paralimpíco Brasileiro quer ficar entre os cinco primeiros no quadro de medalhas. Algo totalmente possível, visto que o Brasil melhorou bastante em número de ouros nos últimos quatro anos e, quando a delegação atua em casa, o resultado sempre é melhor.

Dia 7 de setembro de 2016 começam os Jogos Paralimpícos do Rio. A expectativa é ficar na quinta posição.

E Existe essa chance REAL.

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sábado, 8 de setembro de 2012

Mundial de Mountain Bike

Acabou agora há pouco o Mundial de Mountain Bike, com as provas no adulto, sub-23 e junior.

O destaque ficou por conta de Nicolas Sessler, que ficou na décima primeira colocação na categoria júnior.
Ele parece ser o grande nome brasileiro para a Olimpíada de 2016, já ganhou medalhas em Copas do Mundo na categoria e está em oitavo no ranking mundial.

Outra revelação que pode vir a fazer um bom papel em 2016 é Raiza Goulão, campeã pan-americana sub-23 e que ficou em 26ª no mundial, na prova de ontem, sub-23.

O Mountain Bike feminino está em busca de ressurgir, já que desde a aposentadoria de Jaqueline Mourão, poucos foram os resultados bons. Teve até crise envolvendo a Confederação, técnicos e atletas, que ficaram bravas pois a entidade desistiu de mandar mulheres para as principais competições.

Raiza é bom nome que vem surgindo. Nesse mundial, o Brasil não participou da competição adulta entre mulheres.

Nos homens, Ricardo Pscheidt foi o melhor, em 43º. Quatro posições atrás ficou o representante brasileiros nas duas últimas Olimpíadas, Rubens Donizete. Henrique Avancini foi 54º.

O Ciclismo Mountain Bike brasileiro tem alguns bons nomes para a Olimpíada de 2016, mesclando jovens com os veteranos. Ainda não para ganhar uma medalha olímpica, mas sim para finalmente conseguir colocar alguém entre os 10 ou 15 primeiros.

No próximo dia 15 tem o mundial de ciclismo estrada.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Reunião 2013

Escrevi outro dia aqui no blog as expectativas de entrada de novos esportes para a Olimpíada de 2020, que será definido numa reunião em Buenos Aires, no ano que vem. Essa mesma reunião definirá as provas que serão disputadas em cada uma das modalidades, já que não haverá mais inclusões de ESPORTES para os Jogos do Rio.

Para ter uma ideia, na reunião de 2009 tivemos muitas definições quanto as provas que seriam disputadas três anos depois. O ciclismo pista e a canoagem velocidade mudaram quase todo o programa, o tênis teve acrescida as duplas mistas, o boxe teve a entrada das mulheres e a esgrima manteve o rodízio de armas por equipes.

Para a reunião de 2013, alguns esportes estão em busca de um lugar maior na Olimpíada.

Um pedido que deve ser aceito pelo Comitê Olímpico Internacional é o aumento de categorias na Luta Olímpica feminina, passando de quatro para sete. Isso muito em função do objetivo do COI de igualar a participação feminina e masculina.

A FINA ainda não oficializou, mas deve pedir para que as competições de polo aquático feminino tenham 12 equipes, assim como todos os outros esportes coletivos, e não só oito como acontece desde a estreia do esporte, em 2000. A participação de apenas oito seleções, limitou o nível técnico, deixando de fora a Holanda,campeã olímpica em 2008, e a Grecia, campeã mundial em 2011. Apesar de ser favorável a mudança, acredito que o Comitê Olímpico não vai aceitar.

Outro pedido que a FINA ainda não oficializou, mas todo mundo sempre comenta é a inclusão das provas de 50m peito, borboleta e costas, além dos 800m masculino e 1500m feminino. Acho que a Federação vai pedir que essas provas entrem, mas o pedido será negado. Acho uma chance muito maior de entrar as provas de 5km masculina e feminino nas águas abertas.

A Federação Internacional de Judô faz há alguns anos um lobby para a inclusão da competição por equipes, masculina e feminina, em Londres. Talvez, das mudanças esperadas para o Rio, seja a que mais iria interferir no desemepenho brasileiro, já que nossa seleção entraria como favorita ao pódio em ambos os casos. Acho que existe uma boa chance do COI aceitar, já que isso pouco aumentaria o número de atletas participantes( A imensa maioria dos atletas já disputariam a competição individual).

O basquete é outro esporte que quer crescer no cenário olímpico. Como ""seu rival"" vôlei tem o vôlei de praia, a modalidade aposta no 3x3 para virar olímpico. Acho muito difícil, mas já existe uma pequena possibilidade. O mesmo basquete ainda sonha com o aumento para 16 seleções no masculino, coisa que deve ser negado pelo COI, principalmente pela entidade estar em busca da igualdade dos sexos.

O boxe não ficou só satisfeito com a entrada das mulheres no programa olímpico. Em 2012, eram três categorias. A Associação Internacional de Boxe quer aumentar esse número e consequentemente aumentar as medalhas distribuídas na modalidade. Isso deve acontecer.

O Comitê Olímpico já decidiu que a esgrima tem em disputa "apenas" 10 ouros, o que faz com que a entidade faça um rodízio das competições por equipes. No ciclo de Londres, a espada masculina e o sabre feminino ficaram de fora. Para o Rio, haverá uma longa disputa política, para decidir qual prova ficará de fora.

Nenhum esporte pode ser incluído no programa de 2016, mas existe uma chance, muito remota, do futsal e/ou o futebol de areia entrarem na Olimpíada, pois seriam "braços" do futebol, assim como o vôlei de praia é um "braço" do vôlei. Mas é muito difícil.

As classes da vela estão praticamente decididas, como escrevi aqui outro dia. Existe uma chance, remota, de o Comitê Olímpico aceitar que a vela tenha 11 medalhas e não 10 e, assim, a classe Star ficasse no programa.

Tem algumas modalidades que sonham em aumentar o número de provas, mas que acho quase impossível.Aliás, nunca houve um pedido oficial mas existe uma "boataria" que algumas provas possam aparecer em 2016. O contra-relógio do ciclismo BMX, as provas de canoa feminina, o acréscimo de duas provas do tiro esportivo, a competição do triatlo por equipes ou mesmo a mudança da distância olímpica para o sprint...

A verdade é que não deve mudar muita coisa para os Jogos de 2016, principalmente porque o Comitê Olímpico Internacional busca manter a Olimpíada do tamanho que está, sem o aumento de atletas.  Como o principal objetivo do COI é igualar a participação feminina, toda decisão que visa o aumento da participação das mulheres na modalidade será pensada com carinho pelos "velhinhos" do COI.


Esperamos a reunião para entender exatamente como será a Olimpíada do Rio.

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Próxima parada- Jogos Sul-Americanos

A Olimpíada acabou e mais um ciclo se foi. O ano seguinte ao dos Jogos Olímpicos tem a maioria dos campeonatos mundiais das modalidades, como atletismo, natação, judo, handebol etc...mas não tem nenhuma grande competição poliesportiva.

Em 2013, acontecem os Jogos da Lusofonia e a Universíade, mas nenhuma competição daquelas em que todos os esportes são unidos, o país vai mesmo uma delegação repleta de atletas das mais variadas moaidades

A primeira competição grande é os Jogos Sul-Americanos, que em 2014 será disputado em Santiago, no Chile. A data e os esportes ainda não foram definididos, mas a competição reunirá quase 5000 atletas de 16 países.

O Brasil não dá 100% de atenção para o evento, tanto que a única medalhista olímpica que fez parte da delegação brasileira nos Jogos Sul-Americanos de 2010 foi Ketlyn Quadros, do judô. Mas a competição é um ótimo celeiro das revelações brasileiras.

Em 2002, nos Jogos que foram disputados no Brasil, surgiu Thiago Pereira que, na ocasião, brilhou com diversas medalhas. A primeira grande conquista adulta de Natalia Falavigna aconteceu naquela competição. Quatro anos depois, na Argentina, surgiu Jade Barbosa, que levou cinco ouros, e depois se tornou a ginasta mais completa do Brasil, chegando a duas finais olímpicas em 2008.

Em 2010, os Jogos aconteceram em Medellin e o boxe brasileiro brilhou. Foi a primeira competição poliesportiva com a disputa do boxe feminino e, Adriana Araujo levou ouro. Na ginástica, Arthur Zanetti foi campeão das argolas, poucos meses depois de "surgir" para o cenário mundial com a quarta posição no Campeonato do Mundo de 2009. Foi também a primeira competição internacional de Leonardo de Deus,semifinalista olímpica, e que venceu os 200m costas e 200m borboleta. Também foi o ponto de partida para Felipe França se especializar nos 100m peito, com a medalha de ouro na competição.

Mas, a maior revelação daquele sul-americano foi Rafael Silva. Na época reserva da seleção, ganhou medalha de ouro tanto nos pesados como no absoluto, abriu caminho para "roubar" a titularidade do veterano Daniel Hernandez. O resultado foi o bronze em Londres.

Os Jogos Sul-Americanos mostrarão alguns nomes para a Olimpíada de 2016 mas será a primeira grande competição do ciclo, em que a delegação do Brasil estará inteira unida para liderar o quadro de medalhas, já que perdeu a ponta para Colômbia em 2010 e para Argentina em 2006.

Numa comparação estranha, mas verdadeira, podemos dizer que somos os Estados Unidos dos Jogos Sul-americanos. Usamos o evento como preparação de jovens nas modalidades que somos melhores, e mesmo assim ganhamos mais medalhas, e mandamos nossos melhores atletas em modalidades não muito divulgadas aqui para que estes conquistem as primeiras glórias internacionais. Exemplos disso são diversos: Lutas, levantamento de peso, tiro, tiro com arco e outros mandamos nossas equipes principais.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ginástica masculina

Aconteceu no último fim-de-semana o Campeonato Brasileiro de ginástica, em Goiania. E os resultados da ginástica masculina mais uma vez provaram a evolução dos atletas brasileiros.

Confesso que não assisti nenhuma apresentação, apenas vi as notas e alguns comentários de especialistas. Sei que algumas vezes as notas nos campeonatos nacionais são um pouco infladas, mas o que espera para a Olimpíada de 2016 são ótimos resultados.

A começar pela classificação brasileira por equipes para a Olimpíada, que seria inédita. O Brasil, mesmo sendo país sede, não tem vaga por equipes garantida e  terá de disputar o pré olímpico. O que o Brasil tem garantido é no mínimo um atleta no individual geral. A vaga para Londres ficou perto, o Brasil ficou em sexto no pré olímpico que dava quatro vagas, e imagino que para o Rio de Janeiro o Brasil finalmente se classifique.

No Campenato Brasileiro, notas muito boas. Arthur Zanetti, nas argolas, tirou uma nota melhor que na Olimpíada. Sergio Sasaki levou ouro no individual geral, salto, paralela e barra fixa. Se começar a treinar dois saltos bons novamente, briga por medalha em qualquer prova que entrar internacionalmente. No individual geral, se melhorar um ou outro aparelho, também vai para as cabeças.

O grande nome que vai "surgir" para 2016 é o de Arthur Mariano. Coloco aspas no surgir pois eu falo dele aqui desde 2010, quando a medalha na Olimpíada da Juventude bateu na trave. Ele tem um solo e um salto muito bons e tem tudo para ser um ótimo atleta do individual geral. Já é o segundo melhor do Brasil no quesito.

Chico Barreto, Péricles e Petrix já fizeram parte de seleções adultas em grandes competições. Outros nomes estão aí, como os de Caio Costa, Caio Campos e Henrique Flores, nomes que estão sendo lapidados para 2016.

Já Diego Hypolito terá, na Olimpíada do Rio, 30 anos. É um pouco avançada, mas não muito. Não aposto num bom resultado dele daqui a quatro anos mais pelo fato de ter passado por inúmeras cirurgias. Ele é o melhor ginasta que o Brasil já teve, bicampeão mundial, mas acho que o corpo não aguenta até a próxima Olimpíada.

Como já disse aqui outras  vezes, pode parecer cedo, mas confio em pelo menos duas medalhas deles na Olimpíada do Rio. São nomes muito bons.

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domingo, 2 de setembro de 2012

Rugby e golfe

Dois serão os esportes novos na Olimpíada de 2016, o golf e o Rugby de 7. Serão duas medalhas de ouro entregues em cada uma das modalidades, uma no masculino e outra no feminino.

O Rugby é um dos esportes mais populares do mundo e a Copa do Mundo, disputada de quatro em quatro anos é uma das maiores competições do mundo. Na Olimpíada, a versão do rugby não é a que é disputada na Copa do Mundo e sim o Rugby Sevens.

Como país sede,  o Brasil tem direito de levar as duas seleções, masculina e feminino. Só se a Federação Internacional achar que o nível brasileiro está muito fraco e o time não poderá participar, como aconteceu com a Grécia no hóquei na grama em 2004. Acho que no caso do Rugby, as duas seleções vão sim estar presentes.

O time feminino é mais competitivo em termos internacionais. Domina o Campeonato Sul-Americano há anos e participou da Copa do Mundo de 2009, ficou em 10º. Para a Copa do Mundo de 2013, a seletiva sul-americana não foi disputada, mas é muito provável que a vaga fique com o Brasil.

No masculino, o time participou dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, fez bons jogos mas fechou na sétima posição(a competição não ocorreu no feminino). Nas competições do Circuito Mundial, perde a maioria das partidas, mas mostra uma evolução. O melhor resultado, foi a medalha de bronze no sul-americano do ano passado, em Bento Gonçalves.

O destaque para o Rugby é o trabalho fora das quatro linhas, principalmente com as propagandas inteligentes da Topper. Os times estão crescendo mas uma medalha tão cedo é difícil. Mas é legal ver toda a mobilização da modalidade aqui. Como diz a propaganda, um dia ainda vai ser grande.

O golfe também fará parte dos Jogos de 2016, depois de mais de um século fora. Alexandre Rocha vem conquistando alguns bons resultados no Pga Tour. No feminino, Angela Parker já brilhou nos campos internacionais, mas passou por uma crise que ninguém sabe direito o que aconteceu.

Medalha nesses dois esportes em 2016, quase impossível. Mas as duas modalidades voltam a ser olímpicas depois de mais de um século de ausencia exatamente no Brasil.

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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O que é uma potencia olímpica

A gente ouve diariamente aquela história de que o Brasil quer ser uma potencia olímpica. Mas afinal, o que é uma potencia olímpica?

Para mim, as medalhas conquistadas não levam o país a ser uma potencia olímpica. As medalhas são consequência de o país ser uma potencia.

Para mim, são oito as potencias olímpicas atualmente:
EUA, China, Grã Bretanha, Rússia, Itália, França, Austrália e Alemanha.

E não foram as oito primeiras colocadas no quadro de medalhas de Londres.

Um país que é uma potencia olímpica tem que ter representantes bons na maioria dos esportes. Isso, por exemplo, não acontece com a Coreia do Sul, que ficou em quinto no quadro de medalhas em Londres, mas não chegou sequer a UMA FINAL olímpica no atletismo.E olha que eles sediaram o mundial de 2011.

O Cazaquistão, que ficou em 12º no quadro de medalhas, chegou em poucos esportes. Aliás, apenas 21 vezes esteve entre os oito primeiros. Só para comparação, o Brasil chegou 38 vezes entre os oito primeiros.

Um país que é uma potencia olímpica tem um bom trabalho de base, tem uma imprensa que divulga e  ENTENDE das modalidade olímpicas, sedia bastante eventos, tem esportes nas escolas e/ou nas universidades, investimento de empresas privadas(principalmente) no esporte de alto nível e de empresas púbicas (principalmente) no esporte de base e muitos outros motivos.

Um país que tem tudo isso passa a ser uma potência olímpica e não quem ganha muitas medalhas.

E o principal objetivo para o Brasil até os Jogos de 2016 é criar tudo isso que foi citado acima e não necessariamente ganhar medalhas.


As medalhas legais de serem conquistadas, eu vibro com cada uma delas...Mas tudo é consequência do que foi feito.

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mãe Dinah

Faltam pouco menos de quatro anos, mais de 1400 dias para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Mas dá para ter uma pequena noção de como o Brasil vai no quadro de medalhas. Pequena, mas dá para imaginar.

Primeiro de tudo, quando você joga em casa as coisas mudam. Com certeza aquele juíz da luta do Esquiva Falcão não puniria o brasileiro e ele seria campeão olímpico caso os Jogos fossem no Brasil.

E não seria um roubo. É diferente. Os dois "mereciam" a vitória e, num esporte subjetivo com está o boxe atual, você dá a vitória para quem você quiser. No Brasil, ele não perderia a luta.

Quando joga em casa, tudo muda.

Imagino o Brasil entre 25 e 30 medalhas. Na  verdade, 27.

Pela geração que está por vir no atletismo, imagino três medalhas.

Na natação, nenhum novo nome deve surgir para brigar pela medalha no Rio.Mas Cielo, Thiago e Bruno Fratus tem tudo para manter-se entre os melhores do mundo. Imagino três medalhas.

O judô feminino está com uma equipe adulta jovem e muito boa e algumas boas atletas vindo. Penso em quatro medalhas somente no feminino. O masculino tem ótimos nomes no adulto, mas poucos surgindo. Chuto duas medalhas e um total de seis para o judô.

No vôlei, dá para pensar novamente em quatro medalhas. O time feminino poderá manter a base de Londres. O masculino está com uma renovação encaminhada. Na praia, o Brasil é sempre forte e é "fácil" prever uma medalha no masculino e outra no feminino.

O futebol masculino deve brigar pelo ouro. Aliás, acho que agora vai o tão sonhado título olímpico. O feminino está mal, tanto no adulto como na base, acho que não chega para medalha.

A vela é um esporte difícil de se prever, principalmente por todas essas mudanças de classes. Com a péssima fase, penso em uma medalha apenas.

Seriam 18 medalhas nos "esportes de sempre". Aqueles que o Brasil costuma subir no pódio em praticamente todos os Jogos Olímpicos.

Outras nove viriam de algumas novidades:

O boxe, que depois de Londres não é tão novidade assim para os brasileiros, vai continuar brilhando. Com um possível aumento no número de categorias no feminino, acho que o Brasil leva quatro medalhas.

O Handebol feminino e o basquete masculino estão com um time muito bom atualmente mas que talvez chegue ao Rio um pouco envelhecido. Com algumas peças mais novas, serão times muito competitivos. Aposto em pelo menos uma medalha entre esses dois times. Ou um ou outro.

A ginástica artística masculina terá uma equipe muito forte. A feminina nem tanto, já que está com pouca renovação. Imagino duas medalhas para ginástica masculina.

A canoagem está com atletas de base muito bons. O ciclismo MTB tem nomes jovens que podem surpreender. No levantamento de peso, podemos ter alguma surpresa,assim como na luta feminina. Dentre esses quatro esportes, acho que vem uma medalha para o Brasil. Um desses quatro será a novidade brasileira no pódio no Rio.

A tal 27ª medalha viria de uma modalidade que trouxe recentemente medalha para o Brasil. Ou o hipismo, ou o taekwondo ou o pentatlo moderno. Qualquer um dos três, a medalha viria com um atleta ""consagrado", seja Natalia ou Diogo do taekwondo, Rodrigo ou Doda do hipismo ou Yane no pentatlo. Não vejo um nome JÁ PARA 2016, nessas modalidades.

Badminton, esgrima, hóquei na grama, nado sincronizado, remo, saltos ornamentais, tênis, tênis de mesa, tiro, tiro com arco e triatlo são modalidades que tem tudo para conquistarem os melhores resultados da história recente, mas, analisando friamente, dificilmente terão atletas brigando pelo pódio no Rio.
Vão brigar por bons lugares, mas pelo pódio muito complicado.

O esporte é maravilhoso pelas inúmeras mudanças, pelo imponderável, por favoritos perderem e surpresas vencerem.

Mas é isso que eu acho que vai ser a Olimpíada de 2016.

27 medalhas. 9 ouro, 9 pratas e 9 bronzes e a 10ª posição no quadro de medalhas.

Me cobrem no dia 21 de agosto de 2016, quando os Jogos do Rio acabarem.

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Vôlei de praia

O vôlei de praia é o esporte de mais sucesso brasileiro em Jogos Olímpicos recentemente. No programa olímpico desde 1996, foram onze medalhas na história, com pelo menos dois pódios em cada edição.

 Para 2016, imagino que o vôlei de praia feminino esteja melhor encaminhado que o masculino.

 Se Juliana e Larissa seguirem mesmo a parceria, de muito sucesso, aguentam mais um ciclo sem grandes problemas. Além disso, muitos outros nomes seguem entre as melhores do mundo.

 No masculino, Emanuel e Ricardo DEVEM(Ainda não garantiram nada) largar o vôlei de praia antes de 2016, Marcio também está velho. Ou seja, as três principais duplas do Brasil atualmente não devem chegar aos Jogos do Rio.

 Portanto, é bom ficar de olho no mundial sub-21 de vôlei de praia, que tem início amanhã, no Canadá. O Brasil vai com Rebecca/Drussyla e Marcus/Guto. Marcus e Guto são irmãos e o primeiro foi bronze no mundial da categoria ano passado, ao lado de Vitor Felipe.

O Brasil não ganha esse mundial há cinco anos, o que é um jejum muito grande para um país tão tradicional na modalidade. Desde 2006 no masculino e desde 2007 no feminino.

 E é um momento legal para o Vôlei de praia brasileiro, com a mudança do Circuito Brasileiro, que agora começa no fim do ano e termina no início do ano seguinte e não é mais tesourado pelo Circuito Mundial.

É um momento de mudanças.

 Mas muito provavelmente o Brasil vai continuar sim entre os melhores do mundo.

O Brasil deve chegar a Olimpíada do Rio com quatro chances de medalhas, duas no masculino e duas no feminino.

 Mas temos que deixar de ser "gulosos" e assim que saírem as chaves não pensarmos em uma "final brasileira". O Brasil não domina mais amplamente o esporte como há alguns anos, tanto que não ganha nenhum ouro olímpico desde 2004.

 Aliás, na história são "apenas" dois ouros.

 Mas imagino que esse número vá mudar para o Rio.

 Vamos confiar.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bimba e Kiteboard; Bruno e a laser

A classe RS:x, na qual Bimba disputou as últimas quatro Olimpíadas na vela, muito provavelmente ficará de fora do programa olímpico em 2016. A decisão sai final no fim desse ano.

Conversei com o Bimba, ele já está começando o processo de mudança de classe: " Sim, já estou velejando de Kite, apesar de não chamar isso exatamente de treino. Pois ainda nem tenho a prancha oficial de regatas.Estou num ritmo de velejo /férias/treino".

Ricardo Winick ficou nas últimas três Olimpíadas entre os 10 primeiros. Quarto em Atenas, quinta em Pequim e nono em Londres

"Caso o Kite seja a única opção, então  em novembro eles vão falar sobre que marca de kite poderemos usar.Até lá estarei treinando de kite." concluiu o atleta.

Já a classe Laser ficará no programa. E Bruno Fontes, 12º colocado em Londres, continua na classe: " É a classe que tenho mais chances e  não quero começar do zero em outra. Ano a ano tenho melhores resultados e assim sigo".

A grande novidade para a classe laser é a possível volta de Robert Scheidt. Campeão olímpico em 96 e 2004 e vice em 2000, ele esteve na Star nos últimos ciclos olímpicos, ganhou uma prata e um bronze, mas viu sua modalidade estar praticamente excluída dos Jogos do Rio. 

Bruno adorou a ideia: " Eu gostei da ideia. Será um grande desafio. Já venci ele e posso vencer de novo".

E a vela quer voltar aos bons tempos. A campanha em Londres foi a pior desde 1992.

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domingo, 26 de agosto de 2012

Mundial de curta

Terminou a penúltima seletiva para o Mundial de Piscina curta, que será disputado em Istambul no próximo mês de dezembro. E o Brasil já tem 10 atletas classificados.

O Mundial de piscina curta é um evento legal e importante. Mas acho que seria especial para algum atleta que jamais disputou um mundial, que não tem experiência em grandes competições.

 Algo parecido com o que aconteceu com um "tal" de Cesar Cielo em 2004, que fez parte do revezamento medalha de prata no mundial disputado meses depois da Olimpíada de Atenas.

Pode-se dizer que Cielo "surgiu" ali para a seleção nacional.

O problema é que, para o Mundial de Istambul, os 10 classificados fazem parte dos "mesmos de sempre". Não temos, até o momento, nenhuma novidade.

Cesar Cielo, Thiago Pereira, Kaio Márcio e Felipe França fazem parte da elite da natação brasileira. Um é campeão olímpico, o outro "Mister Pan" e medalhista olímpico, o outro recordista mundial e o último campeão mundial.

Felipe Lima, Henrique Rodrigues, Guilherme Guido, Daniel Orzechowski e Nicholas Santos já disputaram pelo menos uma Olimpíada e precisam subir um degrau se quiserem brigar por medalhas em grandes competições.

Por fim, a única mulher da equipe até o momento, Etiene Medeiros. Jovem, foi muito bem nos 50m costas e conseguiu índice. Já foi medalhista em um Campeonato Mundial juvenil, também nos 50m costas. Mas, quando conversei com ela durante o Finkel, ela mesmo disse que os 100m costas é um carma em sua vida, que ela não consegue "voltar" tão rápido. Ou seja, pensando em Olimpíada ainda está um pouco distante.

Ainda há a expectativa da última seletiva, o Open de natação em novembro. Vamos torcer não só pelos índices dos de "sempre" como Bruno Fratus, Fabiola Molina, Daynara de Paula, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus ou Tales Cerdeira mas também por alguma novidade.

Raphael Rodrigues nos 100m peito e Gabriel Fidelis nos 200m peito devem brigar pela vaga. Frederico Veloso e Arthur Mendes Filho no nado borboleta também podem surpreender. Esses quatro e mais alguns outros podem ser candidatos a "brilhar" já nesse mundial de curta, o que será um empurrão para o restante da carreira.

E "está na hora" de alguns atletas, como Alessandra Marchioro, João Gomez(Já foi finalista mundial nos 50m peito), Fernando Ernesto, André Schultz, Giuliano Rocco conquistarem vagas nas grandes competições e, nelas, obter ótimos resultados. São nadadores de muito talento mas que ainda brigam mais por índices e vagas nos mundiais, do que por finais em mundiais.

E nada melhor do que um Mundial de Curta para começar a mudar essa história...

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sábado, 25 de agosto de 2012

Ciclismo pista

O ciclismo brasileiro fez uma Olimpíada razoável. No BMX, os dois atletas se machucaram, mas são jovens e a classificação já foi uma grande vitória. No Mountain Bike, Rubinho ficou numa posição semelhante a que ficou em Pequim. Na estrada, alguns ciclistas chegaram juntos com o pelotão da frente.

Mas e a pista?

Ah, a pista, que dá mais medalhas, são 10 de ouro contra oito das outras três modalidades somadas.

E o Brasil segue muito mal no ciclismo pista. Nenhum atleta ficou nem próximo de uma vaga olímpica e a seca de medalhas no Pan vem desde 1995.

No último ciclo olímpico, a modalidade deu um suspiro, ganhou medalhas inéditas em Jogos Sul-Americanos e em outros campeonatos continentais. Mas foi pouco, muito pouco.

E o futuro não parece tão bom.

O Mundial júnior da modalidade está ocorrendo na Nova Zelândia, com a participação dos futuros astros da modalidade.

E o Brasil não mandou nenhum atleta. Assim como não mandou também para o mundial adulto desse ano, disputado em março.

O velódromo do Rio Janeiro, construído para o Pan e que era de alto nível, já teve de tudo. Gravação de novela, show, competição de patinação. O que menos teve lá foram competições. E nenhuma de nível internacional.

O técnico da seleção? Mudou algumas vezes durante o ciclo.

Nesse ano, o destaque brasileiro foi Flavio Cipriano, que conseguiu algumas boas participações no Keirin em etapas das Copas do Mundo.

E nossos vizinhos seguem brilhando na modalidade. Argentina ganhou ouro olímpico em 2004, a Colômbia sempre entre os melhores. O Chile classifica alguns atletas para a Olimpíada, o Uruguai ganhou medalha olímpica recente...

Para o Rio 2016 o Brasil tem ao menos uma vaga garantida para homem e outra para mulher. E, pelo andar da carruagem, dificilmente vai conseguir mais que isso.

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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Anos e anos de atraso

Muitos perguntam por que o Brasil não é bom em modalidades como Levantamento de peso, luta olímpica, tiro, canoagem que dão, juntas, 64 medalhas de ouro numa Olimpíada.

Claro que tem muitos porquês, mas um deles é há quanto tempo o esporte é praticado no Brasil com relação aos outros países.

Por exemplo, o desempenho do Brasil na luta olímpica feminina é, atualmente, muito melhor do que o desempenho dos homens. Uma das respostas, talvez a principal, é que os homens tem mais de um século de atraso com relação aos outros países, enquanto as mulheres começaram há pouco tempo.

A luta  feminina virou olímpica em 2004, há apenas oito anos. A luta feminina do Brasil começou "quase" ao mesmo tempo que nos outros países. Já a masculina tem anos e anos de atraso pois há um século a modalidade já era olímpica e o Brasil não tinha sequer pensava em criar um Comitê ou uma Confederação.

Outro exemplo é a prova de maratona aquática. A natação feminina do Brasil em piscina está bem fraca, mas nas águas abertas, o Brasil tem duas das melhores atletas do mundo, Poliana e Ana Marcela. A prova passou a ser olímpica em Pequim 2008. As brasileiras "começaram" ao mesmo tempo que os outros países, então conseguem ter um nível alto.

O boxe feminino virou olímpico em Londres 2012. E o Brasil foi um dos únicos quatro países que levaram equipe completa, com três atletas. Ou seja, o Brasil não é atrasado nessa modalidade, já que "começou" ao mesmo tempo que seus rivais.

Isso pode ser corrigido. O Brasil pode vir a ser forte no remo, na canoagem, ciclismo, esgrima etc etc mas é um caminho muito mais longo. São anos de defasagem...

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vela em 2016

Ainda não é 100% certo, mas o programa de vela da Olimpíada do Rio está praticamente definido. A última chance de qualquer mudança é na Reunião do ano que vem.

A classe Star está, no momento, fora da Olimpíada. E, segundo os próprios atletas, dificilmente volta.

A Star é talvez o barco mais complicado da vela olímpica atual e, por isso, muitas vezes as pessoas que estão lá são mais velhas. Que é exatamente o que o COI não quer. O COI quer cada vez mais trazer a "Molecada" para o esporte, e por isso introduz cada vez mais as classes mais "radicais".

Sou contra quando se trata da classe Star. Não porque o Brasil é bom nessa classe. Mas porque a classe Star é a que tem os velejadores mais capacitados, é a "fórmula 1" da vela olímpica e saiu do programa. Uma pena.

A princípio, serão 10 as classes olímpicas no Rio:

A laser masculina e laser radial feminina se mantiveram no programa, assim como a classe Finn e 49er masculina e as classes 470 no masculino e feminino. São seis classes as que continuam no programa de Londres para o Rio.

No lugar da RS:x entra a tal da Kiteboard, que é uma mistura de Wakeboard, com windsurf e paragliding. Nunca vi uma regata dessa, mas não acho que tenha a cara de uma Olimpíada. Acho que tem mais a cara de um X-games. Serão disputadas regatas no feminino e masculino.

A classe Elliot 6m, disputada só entre mulheres e no formato de match Race e classe Star masculina  foram trocadas pela Nacra 17, barco catamarã que será mista e com duas pessoas na tripulação e pela 49er feminina.

Acho que pesou também que o COI quer cada vez mais a igualdade entre os sexos masculino e feminino. Em Londres, foram seis classes masculinas(RS:x,Laser,finn,Star,470 e 49er) e quatro femininas(RS:x,laser,470 e Match Race). Agora, a princípio, serão cinco masculinas, quatro femininas e uma mista.

O mundial da classe Kiteboard acontece no próximo mês de outubro e aí começaremos a ver quem serão os favoritos para a Olimpíada. Depois que um esporte vira olímpico, tudo muda, novos atletas entram, a competição fica ainda mais acirrada. Bimba, brasileiro da classe RS;x, já disse que tentará ir ao Rio pela classe Kiteboard.

Um nome a se olhar é Nayara Licarião, que ficou entre as primeiras colocadas em algumas competições ano passado.Olho nessa menina!

A classe Nacra 17 tem um barco parecido com a classe em que os brasileiros Martim Lowy e Kim Vidal foram campeões mundiais jivenis ano passado e ficaram com o bronze esse ano, que é a SL40. Há alguma esperança.

Pelo que o calendário mostra, o próximo Circuito da Copa do Mundo já aparece com essas novas classes, assim como o Mundial de 2014.

Vale lembrar que a vela é o segundo esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil. Mas, por aqui, está uma zona, com a Confederação devendo milhões e milhões e com intervenção do Comitê Olímpico Brasileiro. Não temos renovação, não tem um trabalho bem feito...Ninguém sabe o que vai acontecer no Rio, mas em Londres já vimos. Apenas três Regatas da Medalha e apenas um pódio, na pior campanha desde 1992.

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Para 2020

Ano que vem, o Comitê Olímpico Internacional se reunirá em Buenos Aires para decidir o programa olímpico de 2020.

E também quais provas exatamente serão disputadas em 2016. Os esportes estão decididos, mas ainda podem haver as inclusões de categorias, como mais três nas lutas femininas. Tem gente que fala até em disputas de futsal e futebol de areia, que entrariam na modalidade futebol, e por isso poderiam até acontecer. Mas acho difícil.

Para 2020, tentam a inclusão os seguintes esportes: Beisebol/Softbol(Agora tratados como um esporte só pelo COI), Patinação,karatê, squash,wakeboard, escalada e wushu.

A tendência é que um desses esportes acima entre no programa. Mas, para isso, um que está no programa terá de sair.

 Há algumas Olimpíadas, o  número de 302 provas está estabilizado. Depois de um século inteiro aumentando o programa, desde 2000 as provas olímpicas são entre 300 e 302. O último aumento ríspido foi de 96 para 2000, em que o número passou de 270 para 300.

E acho justo que o número pare por aí, para que uma medalha olímpica não vire uma coisa banal.

Sou contra a inclusão das provas de 50m peito,50m borboleta e 50m costas na Olimpíada, principalmente pelo fato de quem ganha essas provas, geralmente, são os velocistas e não os que nadam melhor esse estilo. Por exemplo, Cielo nem treina a prova de borboleta e é campeão mundial dos 50m borboleta. Rebeca Gusmão foi recordista brasileira dos 50m peito por um bom tempo.

Sou contra também a inclusão de provas do skiff simples peso leve no remo, em que Fabiana Beltrame é atual campeã mundial.Também acho que as provas de 500m da canoagem não devem voltar ao programa. Até a Olimpíada de Londres, as provas olímpicas eram 500m e 1000m e, em Londres, os 200m passaram a fazer parte, no lugar dos 500m.

Sou contra a inclusão de provas de duplas no tênis de mesa ou a entrada do tal basquete 3x3 que foi testado nos Jogos Olímpicos da Juventude.

O número de provas poderia até ser menor. Acho que 15 medalhas de ouro entregues no tiro um número demasiado. Poderia ser oito ou dez, no máximo. O levantamento de peso poderia ter suas categorias diminuídas para 6 no masculino e 6 no feminino. Por exemplo, a categoria até 69kg feminina teve apenas sete atletas em Londres.

Os saltos ornamentais sincronizados entraram no programa em 2000 mas acho que pouco agregam a competição. Os vencedores são sempre os mesmos, as provas não tem nem eliminatórias.

Enfim, acho que a Olimpíada tem o tamanho ideal. O número de esportes e de provas ideais. Crescer mais é bobagem.

Acho importante um esporte só entrar se outro sair. E que o número de medalhas não cresça!

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EUA, a maior potência

Confesso que, antes da Olimpíada, imaginava que a China iria terminar os Jogos em primeiro no quadro de medalhas. Mas os EUA, a partir da segunda semana, lideraram a disputa e  venceram com 46 ouros, contra 38 dos rivais.

Aliás, os americanos fizeram a melhor campanha desde a tumultuada olimpíada de 84, sem o bloco Comunista. Melhor, inclusive, que a da Olimpíada de 1996, quando os Jogos aconteceram em Atlanta.

E os norte-americanos venceram a Olimpíada em todos os critérios.

No de medalhas de ouro, líder 46 e 38 contra a China.

No total, 104 a 88.

No número de atletas ou equipes entre os oito melhores, também líder. 215 a 170 da Rússia, segunda colocada nesse quesito.

No número de modalidades com medalha de ouro, também liderança americana. 15 modalidades levaram ouro para os Yankees, 12 para os chineses.

O maior medalhista da Olimpíada foi o americano Michael Phelps, com quatro ouros e duas pratas.

Não tem o que falar. Os norte-americanos tem o melhor esporte do mundo. Por muitos, muitos e muitos motivos.

SEGUE ABAIXO O RANKING DE NÚMEROS DE ATLETAS OU EQUIPES ENTRE OS OITO PRIMEIROS

1-)EUA- 215 atletas ou equipes entre os 8 primeiros(1º no quadro de medalhas)
2-)RÚSSIA 170 (4º)
3-)CHINA 148 (2º)
4-)GRÃ BRETANHA 145(3º)
5-)ALEMANHA 133(6º)
6-)AUSTRÁLIA 97(10º)
7-)FRANÇA 90 (7º)
8-)ITÁLIA 85(8º)
9-)JAPÃO 78(11º)
10-)COREIA DO SUL 58(5º)
10-)CANADÁ 58( 36º)
12-)UCRÂNIA 52 (13º)
13-)HOLANDA 50(14º)
14-)ESPANHA 46(21º)
15-) BELARUS 43(26º)
16-)HUNGRIA 38(9º)
16-)BRASIL 38(22º)
16-) POLONIA 38(30º)
19-)NOVA ZELÂNDIA 37(15º)
20-)CUBA 36(16º)
21-) DINAMARCA 32(29º)
22-)REPÚBLICA TCHECA 28 (19º)
23-) ROMENIA 22(27º)
24-)CAZAQUISTÃO 21(12º)
25-) QUENIA 21(28º)

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Números e mais números

Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro, o número de finais de Londres foi menor do que o de Pequim. 35 a 41. Mas a participação brasileira melhorou qualitativamente.

Em 2008, apenas nove modalidades colocaram atletas entre os oito primeiros. Em Londres, o Brasil conseguiu esse feito em 16 esportes: Atletismo,basquete,boxe,futebol,ginástica, handebol,hipismo,judô, levantamento de peso,natação,pentatlo moderno,taekwondo,tênis, vela,vôlei e vôlei de praia.

Considero final qualque resultado entre os oito primeiros,seja no atletismo, seja no handebol ou basquete. E, nesse quesito, a participação em Londres foi um pouco melhor. 38 a 36.

Isso porque algumas finais obtidas por nossos atletas em Pequim não foram finais que os colocaram entre os oito primeiros. Casos de Fabiana Murer(10ª), Keila(11ª), Jade(10ª), Ana Claudia(17ª) e Marcelo Tosi(22º).

A verdade é que, se formos pegar apenas os oito melhores colocados em cada uma das 302 provas olímpicas, o Brasil foi o 16º colocado nesse quesito, com 38. Em Pequim, o Brasil ficou em 18º. Melhoras pequenas, bem pequenas, mas que demonstram o que eu falei no blog nos últimos quatro anos: O esporte brasileiro cresceu, pouco, muito pouco, mas está crescendo. Não o suficiente, mas está crescendo.

E a velha história...Que esporte é mais desenvolvido? O do Cazaquistão, que levou 7 medalhas de ouro mas chegou  "apenas"  21 vezes entre os oito primeiros? Ou o Canadá, que ficou em 36º no quadro de medalhas, com apenas um ouro mas 58 vezes entre os oito primeiros, 10º no quadro desse quesito?

Enfim,amanhã tem post especial sobre o levantamento que fiz, de quantas vezes cada país ficou entre os oito primeiros.

Só um começo: Os americanos ficaram entre os oito primeiros 215 vezes. A Rússia ficou em segundo nesse quesito, 170.

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Atletismo


O atletismo brasileiro teve um desempenho pífio em Londres. Nenhuma medalha conquistada, apenas três finais e cinco atletas entre os oito primeiros.

Os que chegaram a Olimpíada com chances de medalha foram exatamente os mesmos de quatro anos atrás. Dois revezamentos, Maurren,Fabiana e Marilson. Pouca renovação.

Mas, para a Olimpíada de 2016 algo parece estar mudando. A Confederação fez, na minha opinião, um bom trabalho na base(Ainda looooooonge do ideal, CLARO) e as coisas começaram a melhorar.

Primeiro, muitos recordes brasileiros foram batidos nos últimos dois anos, inclusive em provas que estavam estabilizadas há anos, como o arremesso de peso masculino e lançamento de disco feminino. Até dois anos atrás, eram raríssimos os recordes nacionais quebrados.

Mas o melhor é que a nova geração está vindo muito bem e acho que em 2016 vai trazer um recorde de medalhas e finais.

Essa geração que "apareceu" nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, quando o Brasil levou 15 atletas e chegou a 10 finais. Depois, no mundial sub-20 desse ano conseguiu um baita resultado, com uma medalha de ouro e três bronzes. Além disso, foram outras quatro finais, chegando a 12ª posição no "plancing table".

O "Placing table" é um ranking que a IAAF faz ao término de toda competição. Dá oito pontos para o ouro, sete para prata, seis para o  bronze, cinco para o quarto lugar e assim por diante.

Thiago Braz foi campeão mundial sub-20 do salto com vara, com a marca de 5m55, o que já o deixaria perto de um índice olímpico. Com apenas 18 anos de idade.

Tamiris de Liz foi além. Ganhou duas medalhas no mundial junior, bronze nos 100m e no revezamento, e ainda conseguiu vaga para a Olimpíada de Londres como reserva. Algo parecido com que Rosângela Santos, nossa melhor velocista no adulto, fez em 2008.Medalha no mundial e depois na Olimpíada.

Tamara de Souza se destaca há pelo menos dois anos nas categorias de base e, no mundial, foi  bronze no heptatlo.

Geisa foi a melhor surpresa do atletismo brasileiro na Olimpíada de Londres. A campeã juvenil de 2010 ficou na sétima posição na Olimpíada, com direito a quebra de recorde pessoal.

Tem muitos outros nomes surgindo por aí. Darlan Romani já quebrou algumas vezes o recorde do arremesso de peso adulto, Aldemir e Diego mostram que a velocidade masculina está renascendo, Jessica Reis continua bem no salto em distância...Enfim, muitos nomes.

E estava na hora dessa renovação. O time de atletismo do Brasil é basicamente o mesmo desde o último ciclo olímpico. É hora de mudar.

E está mudando.

Aos poucos, mas está melhorando...

Mas, claro, poderia ser bem melhor...

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domingo, 19 de agosto de 2012

Calendário 2012

A Olimpíada, claro, foi o evento mais importante do ano. Mas, daqui até dexembro, muitas competições importantes vão acontecer, tanto nas categorias de base como no adulto.

A principal competição até o fim do ano é o Mundial de Piscina curta, em dezembro. As seletivas começam nessa semana, o Trofeu José Finkel de natação. O Mundial de piscina curta é sempre colocado em segundo plano, em ano olímpico então, terceiro plano. Mas é uma competição legal e, vale lembrar, foi exatamente num mundial de piscina curta pós Olimpíada, em 2004, que Cesar Cielo surgiu, fazendo parte do revezamento 4x100m livre que foi prata.

Nos próximos dias, teremos três etapas da Diamont League de atletismo. Claro que tudo é ressaca da Olimpíada, mas é interessante ver outras competições importantes na modalidade.

No judô, tem algumas competições adultas, como o mundial por equipes no Brasil e o Grand Slam de Tóquio.

Mas, o que mais pega nesse segundo semestre são os mundiais de categoria de base.

Na última semana já teve início os mundiais de basquete sub-17 feminino e o mundial juvenil de handebol. Hoje, teve início o mundial sub-20 de futebol feminino e, em setembro, acontece o mundial sub-17 da mesma modalidade.

O boxe, esporte que conquistou três medalhas olímpicas em Londres, tem o mundial junior no próximo mês de outubro, entre 15 e 28. Que o Brasil conquiste bons resultados e que os atletas sigam bem na carreira e não façam como David Lourenço, campeão juvenil em 2010, que ainda não se encontrou no adulto.

O ciclismo pista tem o mundial junior nessa semana na Nova Zelândia. No fim do ano, começam as etapas da Copa do Mundo adulta.

Entre os dias 8 e 13 de outubro acontece o mundial junior de saltos ornamentais, modalidade no qual o Brasil precisa urgentemente de renovação. Andressa é um belo nome que surgiu no último ano, mas tirando ela, o Brasil vive dos mesmos nomes há 12 anos...

Ainda nas águas, entre os dias 26 e 30 de setembro, acontece o mundial junior de nado sincronizado.

Dos dias 4 a 9 de setembro, acontece o mundial junior de luta, modalidade que está crescendo no Brasil mas ainda precisa de um ídolo, de um atleta de ponta para crescer definitivamente.

Uma modalidade que está crescendo aqui, e a medalha da Yane prova isso, é o pentatlo moderno. Em setembro, acontecem os mundiais de menores e júnior da modalidade.

Enfim, muita coisa para rolar ainda em 2012. E tudo com os olhos voltados para Rio 2016...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Olimpíada em casa

O Brasil saiu de Londres com 17 medalhas, número recorde. Para o Rio, quando irá atuar em casa, o COB prevê 30 medalhas.

Número que podia sim ter ocorrido em Londres, se fosse uma Olimpíada perfeita para o Brasil. Era "só" somar duas medalhas no atletismo, uma no basquete, outra no boxe, o futebol feminino, mais duas no judô, o handebol, o hipismo saltos, outra na natação, uma no taekwondo, no tênis e mais duas no vôlei de praia.

Mas, nunca um país tem uma Olimpíada perfeita. Nem o Brasil nem nenhum país.

Ou seja, o Brasil precisa é aumentar o número de chances de medalhas. Aumentando o número de chances de medalhas, obviamente as medalhas aumentam.

Por exemplo, Thiago Pereira, Yane Marques, Felipe Kitadai e Esquiva Falcão chegaram a Londres com CHANCES de medalhas. Kitadai e Thiago com chances até remotas.  E os quatro subiram ao pódio.

O objetivo é chegar a Londres com 60, 70 chances de medalhas. Assim, as 30 que se espera virão.

Faltam mais de 1500 dias para os Jogos, mas chutaria, hoje, um número de 27 medalhas.

Aposto numa melhora no atletismo, que com uma boa geração que está a caminho pode conquistar duas,três até quatro medalhas em 2016. Aposto na medalha do handebol, tão esperada. A Luta feminina está crescendo e acho que em 2016 desencanta e a ginasta masculina tem visto muitos nomes surgindo. Acredito que o país possa chegar  com quatro ou cinco chances de medalha na ginástica masculina em 2016.

Mas, em quatro anos, não se muda uma história. Dificilmente, esportes """nanicos""" por aqui como badminton, ciclismo,esgrima, hóquei na grama, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro, tiro com arco e trampolim acrboático cheguem aos Jogos do Rio com chances de medalha.

Outro "nanicos" melhoraram bastante nos últimos anos e podem incomodar, principalmente pelo fato de estar em casa, como basquete,canoagem,luta,levantamento de peso entre outros.

Os demais, tradicionais, tem que manter a tradição de medalhas. O judô e o vôlei, na verdade, não tem mais como evoluir muito. Estão numa situação de potencia mundial, num patamar em que é difícil subir mais.  O boxe parece estruturado o suficiente para continuar crescendo...

E o fator casa influi, e muito. Não há dúvidas que, se a Olimpíada fosse no Brasil, Esquiva teria sido ouro, Robson Conceição não teria sido eliminado na estreia, Diogo subiria ao pódio, Rafaela não teria sido desclassificada no judô, Erica não perderia na estreia do boxe, Lara e Nayara seriam finalistas no nado, Natalia teria avançado no taekwondo, Ana Luiza e Fernanda teria ganho uma medalha na vela, já que eram segundo na metade da sétima regata quando esta foi cancelada DO NADA.

Não, isso não é choro de perdedor não. Foram provas e competições em que qualquer que fosse a decisão dos juízes seria certa. E quando você está em casa, dificilmente essas decisões polêmicas vão contra os donos da casa. Sou contra isso, tudo deveria estar sempre em igualdade de condições, mas infelizmente não é isso que acontece.

É cedo, muito cedo...

Mas tudo começa agora. Aliás, tudo começou faz algum tempo. Mais precisamente em outubro de 2009, quando o Rogge virou aquele papel e falou "Rio de JJJJaneiro".

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domingo, 12 de agosto de 2012

Faltam 1454 dias

Começo o blog "Brasil no Rio" no dia do encerramento da Olimpíada de Londres, assim como fiz de 2008 para 2012.

A Olimpíada dura apenas 16 dias, mas todo o processo do esporte olímpico nacional se desenvolve demora os outros 1525 do quadriênio.Muitas vezes, o processo começa antes. O velho exemplo da China, que começou a se desenvolver para valer depois de 2000 e, em casa,em 2008 chegou ao resultado de 51 medalhas de ouro.

Esse ciclo será diferente e especial. A próxima Olimpíada será no Brasil e  o Brasil terá o direito e o dever de participar de todas as modalidades.

A qualidade do esporte brasileiro não é medida nos 16 de Olimpíada e sim nos outros 1444.

Vou tirar uma pequena folga de uma semana e em alguns dias já voltou às postagens com tudo.

Diariamente, como sempre