domingo, 9 de setembro de 2012

Paralimpíadas

O Brasil terminou a Paralimpíada de Londres na sétima posição no quadro de medalhas por ouro, com 21 ouros,14 pratas e oito bronzes, 43 no total.

Desde o ano passado, o Comitê Paralimpíco Brasileiro trabalha com a ideia de subir para sétima posição no quadro de medalhas da paralimpíada, melhorando duas posições com relação a Pequim.

Objtivo difícil, mas que foi cumprido. Os 16 ouros de quatro anos atrás viraram 21.

Legal ter visto algumas modalidades "entrarem" no quadro de medalhas brasileiros, como o golbol, que foi prata com o time masculino, e a esgrima, que viu Jovane conquistar o inédito ouro.

Muitas histórias brasileiras podem ser lembradas. A histórica vitória de Alan Fonteles nos 200m contra Pistourius, as seis medalhas de ouro de Daniel Dias, o tricampeonato do futebol para cegos, o pódio 100% brasileiro nos 100m para cegos...Enfim, muitas e muitas histórias.

O judô se manteve no pódio, a bocha melhorou seus resultados e trouxe três ouros, o vôlei sentado ficou na quinta posição, as meninas do basquete em cadeira de rodas fizeram ótimos jogos.

O atletismo levou sete ouros, oito pratas e três bronzes, conquistando ao todo 18 medalhas, o mesmo número de Pequim, mas com qualidade muito maior. Destaque para as provas para cegos de velocidade.

Mas, nem tudo foram flores na participação brasileira.

O número de medalhas caiu. Em Pequim, foram 47 e em Londres foram 43. Caiu pouco, mas caiu.

Três modalidades que subiram ao pódio em Pequim, remo, hipismo e tênis de mesa ficaram sem medalhas em Londres. O remo ficou a poucos centésimos, mas hispismo e tênis de mesa ficaram distante da conquista. O ciclismo,que se esperava ao menos uma medalha, ficou no quase, muito no quase, perdendo o bronze no sprint final.

Na natação, o Brasil conseguiu uma ótima campanha, nove ouros, uma prata e quatro bronzes, catorze no total. Porém, em Pequim foram 19 medalhas, oito ouros, sete pratas e quatro bronzes.

 A dependência de apenas dois atletas, Daniel Dias e André Brasil, segue evidente. Se por um acaso os dois atletas não existissem, o Brasil teria apenas três medalhas na natação.

Outra crítica a natação é a forma como que a equipe foi montada ,sem nadadores s9, o que dificultou a montagem dos revezamentos brasileiros, que nadaram as finais com pontuação menor do que a máxima permitida, tendo claramente uma desvantagem.

Muitas e muitas vezes, principalmente no atletismo, judô e natação, a medalha ficou muito próxima, com muitos quartos e quintos lugares. Esses "quases" tiraram do Brasil a chance de melhorar o número total de medalhas, que é de 47.

Para os Jogos do Rio, o Comitê Paralimpíco Brasileiro quer ficar entre os cinco primeiros no quadro de medalhas. Algo totalmente possível, visto que o Brasil melhorou bastante em número de ouros nos últimos quatro anos e, quando a delegação atua em casa, o resultado sempre é melhor.

Dia 7 de setembro de 2016 começam os Jogos Paralimpícos do Rio. A expectativa é ficar na quinta posição.

E Existe essa chance REAL.

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5 comentários:

  1. Agora que haja, por parte das emissoras de televisão, mais cobertura para que tenhamos em 2016, estádios e ginásios lotados,assim como vimos em Londres.

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  2. Guilherme, você já leu esse artigo sobre a mudança da grafia da "ParaOlimpíada"?

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/1149224-paralimpico-haja-bobagem-e-submissao.shtml

    É bem interessante.

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    1. Fala Daniel, tudo bom?

      Vi sim a matéria. Só fiquei "bravo" porque essa discussão tomou proporções maiores do que as medalhas dos brasileiros

      Abraços

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  3. Cara fiquei impressionado com a falta de divulgação por parte da Globo. Ela não cobriu NADA das paraolimpíadas...o terra, que fez uma excelente cobertura das olimpiadas, somente melhorou nos ultimos dias...

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