quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vela em 2016

Ainda não é 100% certo, mas o programa de vela da Olimpíada do Rio está praticamente definido. A última chance de qualquer mudança é na Reunião do ano que vem.

A classe Star está, no momento, fora da Olimpíada. E, segundo os próprios atletas, dificilmente volta.

A Star é talvez o barco mais complicado da vela olímpica atual e, por isso, muitas vezes as pessoas que estão lá são mais velhas. Que é exatamente o que o COI não quer. O COI quer cada vez mais trazer a "Molecada" para o esporte, e por isso introduz cada vez mais as classes mais "radicais".

Sou contra quando se trata da classe Star. Não porque o Brasil é bom nessa classe. Mas porque a classe Star é a que tem os velejadores mais capacitados, é a "fórmula 1" da vela olímpica e saiu do programa. Uma pena.

A princípio, serão 10 as classes olímpicas no Rio:

A laser masculina e laser radial feminina se mantiveram no programa, assim como a classe Finn e 49er masculina e as classes 470 no masculino e feminino. São seis classes as que continuam no programa de Londres para o Rio.

No lugar da RS:x entra a tal da Kiteboard, que é uma mistura de Wakeboard, com windsurf e paragliding. Nunca vi uma regata dessa, mas não acho que tenha a cara de uma Olimpíada. Acho que tem mais a cara de um X-games. Serão disputadas regatas no feminino e masculino.

A classe Elliot 6m, disputada só entre mulheres e no formato de match Race e classe Star masculina  foram trocadas pela Nacra 17, barco catamarã que será mista e com duas pessoas na tripulação e pela 49er feminina.

Acho que pesou também que o COI quer cada vez mais a igualdade entre os sexos masculino e feminino. Em Londres, foram seis classes masculinas(RS:x,Laser,finn,Star,470 e 49er) e quatro femininas(RS:x,laser,470 e Match Race). Agora, a princípio, serão cinco masculinas, quatro femininas e uma mista.

O mundial da classe Kiteboard acontece no próximo mês de outubro e aí começaremos a ver quem serão os favoritos para a Olimpíada. Depois que um esporte vira olímpico, tudo muda, novos atletas entram, a competição fica ainda mais acirrada. Bimba, brasileiro da classe RS;x, já disse que tentará ir ao Rio pela classe Kiteboard.

Um nome a se olhar é Nayara Licarião, que ficou entre as primeiras colocadas em algumas competições ano passado.Olho nessa menina!

A classe Nacra 17 tem um barco parecido com a classe em que os brasileiros Martim Lowy e Kim Vidal foram campeões mundiais jivenis ano passado e ficaram com o bronze esse ano, que é a SL40. Há alguma esperança.

Pelo que o calendário mostra, o próximo Circuito da Copa do Mundo já aparece com essas novas classes, assim como o Mundial de 2014.

Vale lembrar que a vela é o segundo esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil. Mas, por aqui, está uma zona, com a Confederação devendo milhões e milhões e com intervenção do Comitê Olímpico Brasileiro. Não temos renovação, não tem um trabalho bem feito...Ninguém sabe o que vai acontecer no Rio, mas em Londres já vimos. Apenas três Regatas da Medalha e apenas um pódio, na pior campanha desde 1992.

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3 comentários:

  1. Mudaram 40% do programa de um Jogos para o outro. É muita coisa. Cria até uma insegurança para o futuro.



    ps: Não é mais possível comentar apenas com o nome ou anõnimo?

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    1. Pronto Bruno, mudei a configuração. Qualquer um comenta.
      Devia ter mudado antes!!

      Abraços e valeu!!

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  2. Tiram a classe mais tradicional para colocar as mais "radicais" daqui a pouco as olimpiadas vão virar uma subsidiária dos X Games

    Marcelo Cossi

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