Terminou a penúltima seletiva para o Mundial de Piscina curta, que será disputado em Istambul no próximo mês de dezembro. E o Brasil já tem 10 atletas classificados.
O Mundial de piscina curta é um evento legal e importante. Mas acho que seria especial para algum atleta que jamais disputou um mundial, que não tem experiência em grandes competições.
Algo parecido com o que aconteceu com um "tal" de Cesar Cielo em 2004, que fez parte do revezamento medalha de prata no mundial disputado meses depois da Olimpíada de Atenas.
Pode-se dizer que Cielo "surgiu" ali para a seleção nacional.
O problema é que, para o Mundial de Istambul, os 10 classificados fazem parte dos "mesmos de sempre". Não temos, até o momento, nenhuma novidade.
Cesar Cielo, Thiago Pereira, Kaio Márcio e Felipe França fazem parte da elite da natação brasileira. Um é campeão olímpico, o outro "Mister Pan" e medalhista olímpico, o outro recordista mundial e o último campeão mundial.
Felipe Lima, Henrique Rodrigues, Guilherme Guido, Daniel Orzechowski e Nicholas Santos já disputaram pelo menos uma Olimpíada e precisam subir um degrau se quiserem brigar por medalhas em grandes competições.
Por fim, a única mulher da equipe até o momento, Etiene Medeiros. Jovem, foi muito bem nos 50m costas e conseguiu índice. Já foi medalhista em um Campeonato Mundial juvenil, também nos 50m costas. Mas, quando conversei com ela durante o Finkel, ela mesmo disse que os 100m costas é um carma em sua vida, que ela não consegue "voltar" tão rápido. Ou seja, pensando em Olimpíada ainda está um pouco distante.
Ainda há a expectativa da última seletiva, o Open de natação em novembro. Vamos torcer não só pelos índices dos de "sempre" como Bruno Fratus, Fabiola Molina, Daynara de Paula, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus ou Tales Cerdeira mas também por alguma novidade.
Raphael Rodrigues nos 100m peito e Gabriel Fidelis nos 200m peito devem brigar pela vaga. Frederico Veloso e Arthur Mendes Filho no nado borboleta também podem surpreender. Esses quatro e mais alguns outros podem ser candidatos a "brilhar" já nesse mundial de curta, o que será um empurrão para o restante da carreira.
E "está na hora" de alguns atletas, como Alessandra Marchioro, João Gomez(Já foi finalista mundial nos 50m peito), Fernando Ernesto, André Schultz, Giuliano Rocco conquistarem vagas nas grandes competições e, nelas, obter ótimos resultados. São nadadores de muito talento mas que ainda brigam mais por índices e vagas nos mundiais, do que por finais em mundiais.
E nada melhor do que um Mundial de Curta para começar a mudar essa história...
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