segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Atletismo


O atletismo brasileiro teve um desempenho pífio em Londres. Nenhuma medalha conquistada, apenas três finais e cinco atletas entre os oito primeiros.

Os que chegaram a Olimpíada com chances de medalha foram exatamente os mesmos de quatro anos atrás. Dois revezamentos, Maurren,Fabiana e Marilson. Pouca renovação.

Mas, para a Olimpíada de 2016 algo parece estar mudando. A Confederação fez, na minha opinião, um bom trabalho na base(Ainda looooooonge do ideal, CLARO) e as coisas começaram a melhorar.

Primeiro, muitos recordes brasileiros foram batidos nos últimos dois anos, inclusive em provas que estavam estabilizadas há anos, como o arremesso de peso masculino e lançamento de disco feminino. Até dois anos atrás, eram raríssimos os recordes nacionais quebrados.

Mas o melhor é que a nova geração está vindo muito bem e acho que em 2016 vai trazer um recorde de medalhas e finais.

Essa geração que "apareceu" nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, quando o Brasil levou 15 atletas e chegou a 10 finais. Depois, no mundial sub-20 desse ano conseguiu um baita resultado, com uma medalha de ouro e três bronzes. Além disso, foram outras quatro finais, chegando a 12ª posição no "plancing table".

O "Placing table" é um ranking que a IAAF faz ao término de toda competição. Dá oito pontos para o ouro, sete para prata, seis para o  bronze, cinco para o quarto lugar e assim por diante.

Thiago Braz foi campeão mundial sub-20 do salto com vara, com a marca de 5m55, o que já o deixaria perto de um índice olímpico. Com apenas 18 anos de idade.

Tamiris de Liz foi além. Ganhou duas medalhas no mundial junior, bronze nos 100m e no revezamento, e ainda conseguiu vaga para a Olimpíada de Londres como reserva. Algo parecido com que Rosângela Santos, nossa melhor velocista no adulto, fez em 2008.Medalha no mundial e depois na Olimpíada.

Tamara de Souza se destaca há pelo menos dois anos nas categorias de base e, no mundial, foi  bronze no heptatlo.

Geisa foi a melhor surpresa do atletismo brasileiro na Olimpíada de Londres. A campeã juvenil de 2010 ficou na sétima posição na Olimpíada, com direito a quebra de recorde pessoal.

Tem muitos outros nomes surgindo por aí. Darlan Romani já quebrou algumas vezes o recorde do arremesso de peso adulto, Aldemir e Diego mostram que a velocidade masculina está renascendo, Jessica Reis continua bem no salto em distância...Enfim, muitos nomes.

E estava na hora dessa renovação. O time de atletismo do Brasil é basicamente o mesmo desde o último ciclo olímpico. É hora de mudar.

E está mudando.

Aos poucos, mas está melhorando...

Mas, claro, poderia ser bem melhor...

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2 comentários:

  1. De todos os citados acima Guilherme, acho que o Aldemir Gomes e o Diego "hoje" aparecem como os mais promissores para os Jogos de 2016 no Rio. O Aldemir inclusive com o aval do Katsuhico Nakaya (nosso técnico do revezamento). Quem sabe os dois nos ajudem a montar uma bela equipe para beliscarmos um bronze em casa no 4x100 (uma vez que se o imponderável não agir, ouro e prata já tem donos antecipados, Jamaica/USA...rs)... Abraço, e continue com os belos e inteligentes posts...Parabéns.

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    1. Fala Milton.

      Acho que o 4x100m é uma prova tradicional e o Brasil vai chegar no bolo da briga.
      Mas teremos muitos nomes.

      Estou confiante com o futuro do atletismo

      Abraços!

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